Hoje, Dia Internacional das Mulheres, cabe uma reflexão. Das 17 cadeiras na Câmara de Vereadores, apenas uma é ocupada por uma mulher, que é a vereadora Renata da Telemensagem. No primeiro escalão da Prefeitura de Nova Iguaçu, dos 23 órgãos da administração direta e indireta, apenas duas: a secretária municipal de Infraestrutura (Obras), Cleide de Oliveira Moreira, e a secretária municipal de Educação, Jojane Calife Jubram Dib, são do gênero feminino.
Comparada e participação das mulheres em relação a gestão passada, no governo anterior, existiam a vice-prefeita Dani Nicolasina, a presidente da PREVINI, Daniele Villas-Boas, Kristina Quaresma na Ação Social e Aparecida Marcondes Rosestolato, na Educação. No quadro de subsecretários também tinha mais mulheres.
Se fizer um estudo mais aprofundado, vereamos que isso ocorre um pouco depois do município ter tido como principal governante uma mulher, Sheila Gama, que foi a única a administrar Nova Iguaçu nos seus 184 anos de fundação político-administrativa. Mesmo assim Sheila Gama assumiu pelo voto indireto. A sua ascensão se deu com a saíde de Lindbergh Farias, do qual era vice-prefeita, mas não conseguiu se reeleger.
As ações para aproximar as mulheres da política geralmente se dão apenas para atingir as cotas partidárias na formação das chapas que concorrerão à vereança. Fora isso, o próprio sistema administrativo na sua composição ignora a importância da mulher na política. Elas são apenas lembradas como parte fundamental para formar nominatas partidárias. Quem prova isso são os números e a história das instituições, seja Câmara ou Prefeitura, nas suas composições ao longo dos anos.
