"No dia 6 de junho, terça-feira, está programado um seminário que vai discutir a possibilidade de se criar um parque nacional em Tinguá, substituindo a atual Reserva Biológica do Tinguá, classificada pela UNESCO (órgão das Nações Unidas) em 1993 como Patrimônio Natural da Humanidade, na categoria de RESERVA DA BIOSFERA, em razão de seu imenso potencial hídrico e da riqueza de sua biodiversidade de flora e fauna.
Em suas matas foi descoberto em 1965 pelo pesquisador Eugênio Izecksohn (da UFRRJ), o MENOR ANFÍBIO DO MUNDO, popularmente conhecido como "sapo-pulga".
A Reserva Biológica foi criada pelo decreto federal 97.780, de 23/5/89 (anteontem, ela completou 28 anos de existência) e sua criação se deu após uma intensa mobilização social ocorrida naquela época, que reuniu ONG's, associações de moradores, sindicatos, partidos políticos e universidades como a UFRRJ (Rural), a UERJ e a UFRJ em favor de sua criação.
Trata-se da única UC (Unidade de Conservação) do país criada "debaixo para cima", fruto da vontade da população, que se manifestou favorável a ela num abaixo-assinado que reuniu 30.000 assinaturas no papel (não havia internet à época).
No interior da Rebio-Tinguá, existem represas de captação de água, que abastecem o Rio de Janeiro e parte da Baixada Fluminense, como bacia auxiliar do Rio Guandu.
São aquedutos e represas que funcionam desde a época do Império, obras erguidas pelo braço escravo e supervisionadas pelo engenheiro Paulo de Frontin a mando do Imperador D.Pedro II, devido a uma intensa estiagem verificada na Corte, por causa do desmatamento da Floresta da Tijuca.
Também existem em seu interior duas linhas de oleoduto e uma de gasoduto, pertencentes à PETROBRAS, que cortam o subsolo da UC e que representam imenso risco de incêndio e poluição de suas matas.
Vai cair numa terça-feira e ocorrerá no Auditório do IM (Instituto Multidisciplinar) da UFRRJ, campus Nova Iguaçu, na Avenida Governador Roberto Silveira, s/nº - próximo à subida do viaduto da Posse".
Texto enviado por um colaborador.
