O prefeito Rogério Lisboa entra, em junho, no exercício do seu sexto mês na administração. Nesse período o que pesou foi equilibrar as contas, argumento assíduo em suas falas. É bom lembrar o passado, o que não se deve é ficar preso nele, e o seu discurso já está na hora de ganhar uma nova linha de comunicação com o contribuinte que, não pode esquecer, é o eleitor.
Parte do secretariado ainda capenga e precisa se adequar à máquina e à cultura que faz parte do funcionamento da administração municipal. Não é que não devam implementar novos modelos de gestão, mas não esbarrar em falácias comuns de serem ouvidas em discursos que não ultrapassam o limite da promessa sem a própria ciência do prefeito.
Uma das ações que Lisboa tem feito diferenciadamente é percorrer os bairros. Talvez tenha encontrado muitos casos e problemas sociais que nem mesmo o secretário municipal da Assistência Social, o Pastor Alexandre Alverca, tenha noção.
Aliás, é até estranho você pesquisar na Google, no campo de notícias, e nada encontrar de ação ou assistência social referindo-se ao pastor Alexandre Alverca no cargo. Não aparece uma notícia sobre as atividades dele como titular da pasta, o que me chamou a atenção. Quando aparece é da gestão passada que possui até página no Facebook.
É evidente que "futucar" na Google não é fazer um trabalho de pesquisa mais aprofundado, mas serve ao menos para indicar e apontar noções. Digitem na Google o nome Pastor Alexandre Alverca e procurem notícias sobre ele nesses cinco meses de gestão.Terão uma noção do que escrevo.
A crise financeira deu ao prefeito um certo direito de falar de dificuldades. Mas parece que a estratégia seguida pela assessoria de comunicação do governo só está voltada para falar dele. Poucos secretários tratam de buscar serem noticiados. Um é o de Indústria, Comércio, Meio Ambiente e Agricultura, que é o Fernando Cid, e outro é o vice-prefeito, Carlos Roberto Ferreira, no seu papel de secretário de Fazenda. Esse parecem buscar a mídia naturalmente em razão de suas experiências no Poder Legislativo.
O leitor deve estar se perguntando por qual razão escrevo isso. O motivo é o mais simples que possa se imaginar. No início de gestão, quando tudo é novidade, poucos secretários estão usando o potencial para explorar a mídia. O que revela que a Comunicação do governo não chega a ser e nem ter status de secretaria, o que poderia ser mais bem estruturada.
