Por Almeida dos Santos
A possível tendência de renovação recorde na Alerj deveria
abrir os olhos dos deputados estaduais. Nas eleições de 2010 a renovação na
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro foi de 42,8%. Ou seja, naquela
eleição 30 novos deputados foram eleitos. A bancada feminina cresceu de 11,4% para 18,6%. Uma mudança significativa para épocas em que os cofres
do Estado não apresentavam a crise financeira que apresentam hoje.
Nas eleições de 2014 a renovação
também atingiu o índice alto na casa de 40%. Nela o deputado Marcelo Freixo (PSOL) foi
o campeão de votos, com a simpatia de 350.408 eleitores. Com os recentes
escândalos atingindo a classe política, a renovação nesta próxima eleição
poderá superar as margens anteriores.
Com episódios
envolvendo a classe política, sobretudo a cúpula do governo estadual e o PMDB, maior bancada, a tendência
pode piorar para quem possui mandato eleitoral, mesmo contando com a máquina
administrativa em estado falimentar como uma aliada.
A apuração dos votos nestas eleições de 2018 pode trazer surpresas, considerando que nas eleições municipais de 2016, além do alto índice de votos brancos e nulos, houveram surpresas em vários municípios do estado e do Brasil, quando o instituto da reeleição não causou tantos efeitos quanto o esperado em diversas cidades do Brasil.