No governo de Lindbergh Farias, a primeira dama da cidade, Maria Antônia Goulart, influenciou muito nas decisões do prefeito, mas a sua principal interferência estava ligada à área educacional, como no projeto Bairro-Escola - hoje ela apresenta este conceito como Bairro Educador -, que a credenciava como consultora para grupos privados de ensino. Em outras áreas, o conselheiro-mor era mesmo o falecido Antônio de Moreira Neiva, cujo poder de influência sobre Lindbergh Farias era grande. Neiva fazia um papel maior que o do secretário de Governo, tanto que a sua atuação era na titularidade Articulação Política, pasta criada especificamente para ele. Existiam outros nomes que influenciavam o Lindebrgh Farias, mas Neiva era quem mais pesava no que tange a relação do governo com os políticos.
Diferente do papel de Maria Antônia na gestão de Lindbergh, a futura primeira dama Erika Borges Ammon, é uma espécie de principal "órgão consultivo do marido". Se há uma personificação para o que se chama de "Eminência Parda", não duvidem que este será o papel dela.
Apesar de ser dentista, os conselhos de Êrika devem variar nas mais diversas áreas. E não é que seja "intrometida" como poderão pensar alguns. Ela não deve discutir questões técnicas, mas as decisões políticas institucionais serão, sim, motivos de consultas de Lisboa a esposa, pessoa a quem confia e costuma acatar as opiniões.
A futura primeira-dama não será uma pessoa passiva como podem pensar. Talvez as decisões mais importantes do governo terão o olhar dela e a possível consulta de Rogério ao que ela tenha a dizer. Acredito que até mesmo em casos que envolvam o governo e neles o marido não atuar, Erika poderá intervir. O tempo mostrará este papel mais ativo da primeira-dama em uma administração municipal. Mesmo discreta como é, ela não passará como uma mera expectadora ao lado do marido. Podem apostar.
