Com as prisões de Sergio Cabral (PMDB) e Anthony Garotinho (PR), dois últimos governadores, as configurações na disputa pelo governo do Estado ganham contornos e desenhos diferentes, levando em consideração que Marcelo Crivella (PRB) estará recém empossado na Prefeitura do Rio e em um momento de crise nada favorável para os gestores. Marcelo Freixo (PSOL), que foi para o segundo turno com Crivella, precisaria de mais musculatura para crescer fora da capital e da própria região metropolitana. Um complicador para ele e seu projeto eleitoral. Os sucessivos erros de Eduardo Paes (PMDB) e o desempenho do seu candidato mostram também que nada vai bem para ele e o PMDB. Fernando Gabeira parece mesmo ter abandonado a política partidária institucional. Lindbergh Farias (PT) não foi bem na última eleição e pleitear o governo do Estado na atual conjuntura não seria uma tarefe fácil. Dornelles também parece que não vai enfrentar essa tarefa. Então, quais são as surpresas que a população fluminense pode esperar na disputa pelo Governo Estado, sabendo que um nome vindo da ALERJ encontraria muita dificuldade?
Parece que, nesse sentido, Índio da Costa, que chegou a concorrer como vice de José Serra (PSDB) à presidência da República, é um dos nomes que deve surgir na disputa, mesmo com a sua frustrada aventura de disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro. Mesmo assim vai encontrar muita dificuldade. É nesse cenário que o Rio de Janeiro se encontra. Além das legendas afetadas duramente pelas operações da Lava-Jato e demais nomenclaturas, a ausência de quadros novos mostra, com antecedência, que nos próximos anos não será muito fácil para o eleitor do estado escolher quem irá governar este tão importante unidade estadual. Mais do que nunca, tudo leva a crer que a corrida eleitoral será mesmo uma "disputa de capengas". Vamos aguardar!
