quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Catiripapos da vida

Às vezes quero escrever com uma certa dose de lirismo... o que é difícil, é claro, afinal me propondo a escrever sobre política e, neste caso, poesia "noves fora". Isso não impede que eu seja esse sonhador. Sou aquele cara que ainda romanceia sonhos cada vez que me sento para escrever e, deparando-me com a política, eles se diluem como se evaporam sentimentos no calor das notícias "infernais". Rogo, sim, mudar o meu perfil para o otimista alheio tudo. Para o entusiasta que sempre acredita que chegaremos lá. Mas vem a realidade da vida e me dá um catiripapo. Um acorda menino. Um antídoto contra o romance que me devaneia nos pensamentos de que tudo vai se ajeitar. De que uma nova ordem vai chegar e colocar tudo na ordem. Parece que meus sentimentos não são leais comigo diante a realidade que de súbito, e a cada momento, me dá uma porrada na cara e chama a atenção assim: "O rapaz. Veja se te orienta. O mundo está uivando dores e você escrevendo poesias"... às vezes são assim as falas da consciência. 
Sei até que isso pode parecer quixotesco. Mas há um Dom Quixote dentro de mim. Espada e ferramentas de luta nas mãos de um sonhador. Mas o que fazer. Sou sonhador e meus sonhos colocam-me encurralado com o real e esfregam-me na cara o que essa possibilidade de sonhar, às vezes, deixa brechas para dores. Então sou dores nessas brechas.
Quem dera eu fosse o detentor de um apotecialíssimo "ora, bolas!" ou de um estrondoso "que se dane" de ato contínuo aos acontecimentos que me aperreiam. Ou ainda, se eu tivesse um "vai plantar coquinho" para tudo que me apoquenta. Não os possuo... sou sonhador e carrego meu sonho com escudo e a utopia como lança. E saio a guerrear o real vestindo fantasias do meu sonho. A vida vai muito nos meus solavancos.

Pois é!!!

Hoje motoristas de vans iinvadirão o Paço Municipal para protestarem contra o impedimento de vans circularem no Centro de Nova Iguaçu. Isso...