O ano de 2016 não está sendo bom para os caciques partidários como Anthony Garotinho (PR) e Lindbergh Farias (PT). As suas possíveis candidaturas ao Governo do Estado podem "subir no telhado". Eles aparecem envolvidos em problemas que desde já afetam as suas respectivas movimentações. É bem verdade que no caso do Lindbergh, este deverá recuar dado o seu pífio desempenho na última eleição para governador. Mas, falando de Nova Iguaçu, essa que é "caixa de ressonância" da política na Baixada, nas próximas eleições ela deverá, mais ainda, receber a atenção dos pré-candidatos ao governo estadual. A cidade é o principal palanque da região. Com o Estado falido da forma como se encontra, com um Sérgio Cabral respondendo preso e acusado de desvios de recursos públicos, será muito difícil para o PMDB encontrar alguém dentro da legenda que queira submeter o nome nesta eleição. Não digo impossível, porém difícil. Talvez a legenda prefira uma aliança mais próxima, apesar da sua força partidária, para concorrer ao governo do Estado. Eduardo Pares (PMDB), mesmo com a realização das olimpíadas durante a sua gestão, não conseguiu se cacifar para tal ponto e amarga hoje uma rejeição visível nos votos obtidos pelo o seu indicado, o Pedro Paulo. Crivella, do PRB, vai assumir a Prefeitura do Rio e está compondo com todas outras legendas para governar sem muitos barulhos ou ruídos. O PSDB pode escolher o nome do Osório, que para ganhar mais visibilidade na Baixada terá que crescer muito. Jandira Feghali (PCdoB) sequer conseguiu crescer com sua candidatura a prefeita do Rio, ainda com o apoio da Dilma Rousseff. A candidatura de Jandira ao governo do Estado depende do posicionamento do PT, afinal os "comunistas" daqui, indiscutivelmente, não conseguiram criar vôos independentes e são vistos como "correias de transmissão" do PT. Aspásia Camargo, que já foi do PV, hoje sequer mantém espaço que lhe dê visibilidade. Conte Bittencourt, do PPS, vive neste momento uma "síndrome de Hamlet", de ser ou não ser vice-prefeito de Niterói. E por aí vai... Difícil encontrar nomes em meio a tanto escombros nas ruínas feitas pela Operação Lava Jato e as suas derivadas, sem contar que há muito mais para acontecer, conforme deixa supor os coordenadores da Operação lava Jato.
Em tempos passados, logo que definida a geografia partidária das legendas nas cidades do estado, era mais fácil poder ao menos cogitar, logo em seguida, os nomes que se fortaleciam e ganhavam musculatura partidária e eleitoral para o pleito. Com os acontecimentos recentes, é difícil dizer se essa será ou não uma eleição para caciques renomados. Acho pouco provável.
