Tão preocupante quanto a crise financeira que afeta várias cidades, Rogério Lisboa terá que se articular, antes de assumir, para tentar emplacar alguém da sua confiança para a presidência da Câmara de Vereadores. Dos 17 vereadores da próxima gestão, 11 foram eleitos pedindo voto para Bornier no primeiro turno. No segundo não podemos fazer essa mesma afirmação, pois a votação que Rogério Lisboa obteve no primeiro turno mudou a correlação de apoio e conseguiu a súbita simpatia de alguns candidatos. Agora eleito e prestes a assumir, a importância na definição da Câmara é, sem dúvidas, tão importante quanto montar o seu quadro de secretários. E até depende disso. Não duvido que até para mudar o cenário na Câmara, Rogério faça alguma composição partidária para retirada de um vereador (ou mais de um) e colocar em uma secretaria, angariando o partido para vencer a disputa pela presidência. É aí que a estratégia da montagem do secretariado depende da movimentação na Câmara. Explicando melhor: para conseguir governabilidade logo nos primeiros dias, a montagem do secretariado passa pela relação do governo com os partidos e com os vereadores eleitos. Não verei como surpresa se algum vereador que então tenha apoiado Bornier - ou uma legenda que tenha sido da base de aliança com o atual prefeito - seja indicado para comandar alguma secretaria na montagem do governo. Assim Rogério teria o mínimo de governabilidade para colocar em votação algumas mensagens da sua administração. Vamos esperar para ver.