Certa ocasião, assim quando Cabral foi eleito governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o pai, foi convidado para participar de um evento no auditório da Universidade Iguaçu (UNIG). Confesso que não lembro se seria um lançamento de um livro ou coisa assim. Mas era um bate-papo com alunos e jornalistas. Abrindo as perguntas para os jornalistas, pergunto ao "velho" Cabral como ele avaliava a gestão do filho como governador do Estado. O leitor deve estar se perguntando o motivo de uma pergunta como essa se o evento não tinha nada em relação à política. Mas a minha pergunta foi mais ou menos assim: "O senhor é conhecido como um dos participantes mais ativos da do Pasquim, revista que tem uma pegada política forte. Como observador cultural e com a s ua experiência no Pasquim, pergunto: como o senhor avalia o governo do seu filho?". Ele pediu para não responder a pergunta, pois responderia como pai. Porém, no camarim, me oferecendo uma pequena dose de uísque, Cabral pai confidenciou: "ainda terei que aprender a conviver com isso. Espero que eu filho faça as coisas certas", disse. Imagino como seria nos dias de hoje! Uma coisa eu posso dizer: sem dúvidas o Sérgio Cabral pai é um camarada que escreveu a sua história completamente da do filho. Não podemos confundir!
